Cheguei até a matéria da RunnersWorld através do FaceBook pela Runway. Entrei no link meio que pra "checar" do que se tratava e fui pego por uma história comovente onde a amizade, o amor pelo esporte e o respeito pelo ser humano e sua paixão me deixaram de queixo caído... Muito bonito mesmo.
Minutos atrás tive uma decepção enorme com um blog que leio frequentemente e sempre admirei seu escritor. Estão mais uma vez promovendo o TER e não o SER...
Triste.
Isso me deixa puto com triathlon. É elitizado, eu sei. Minha bike é simples mas mesmo assim sei que é cara. Sei quanto um trabalhador recebe mensalmente. Sei quanto custa uma cesta básica. Sei que pra muitos aqui no Brasil o brinquedinho que eu tanto amo e que me carrega nesse esporte que me traz vida é mais caro que um carro que poderia levá-los ao trabalho, escola, etc... Sei disso, mas "juntei" essa bike ao longo de muitos anos de trabalho, trocas, barganhas, etc... Não foi fácil.
Junte a isso manutenção, preço de equipamentos (tem a natação e a corrida nesse balaio também!), inscrições, viagens... Pô, é bastante coisa... Desgasta.
Mas não se aborreçam como eu, não vale a pena. Leia a matéria acima e descubra que o esporte de endurance pode fazer muito pela sua vida, pelo seu coração (fisicamente e emocionalmente falando).
Não pense que o esporte que amamos é representado por essa parcela de praticantes que "desfilam" suas bikes de R$ 30.000,00 na Avenida dos Búzios pois não é, me recuso a acreditar que seja.
Aquele lugar recebe um desfile sim, mas um desfile anual de paradigmas quebrados, de desafios aceitos e vencidos, de pais de família que garantem o sustento dos filhos correndo como profissionais em busca de um prêmio ridículo pelo esforço que fazem e de amadores que buscam realizar um sonho até a meia noite. Esses SÃO e não apenas TÊM.
Rezo para que os que TÊM façam juz a tudo isso e SEJAM também, senão é o mesmo que montar num monte de lixo no valor de R$ 30.000,00 e fazer papel de palhaço.
Rezo também para que todos percebam que um esporte de endurance como o Ironman é muito mais que isso, é compartilhar uma paixão com 1.500 pessoas numa grande festa, é celebrar a vida e em alguns casos, como no texto acima, é também forma de homenagear os que se foram.
Enfim, rezo para que coisas bonitas como essas cheguem a mim muito mais frequentemente, para que eu nunca me esqueça que ainda existe grandeza no esporte que eu amo.