quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Essa é pra voltar a postar em grande estilo!! Triatleta tem que ter força, velocidade, resistência e amor!

Olha, fico até sem jeito de falar de Pirassununga depois de ver os relatos de Cozumel... O negócio lá foi punk!
Mas Pira é foda todo ano mesmo, faça chuva ou faça sol! Fiquei feliz em encontrar vários amigos do Ironbrothers e trocar uma idéia, mesmo que rapidamente. Foi muito bom!
A prova foi mais ou menos como eu previa, exceto pelo fato de que Pirassununga não tem muita curva fechada, por isso a

chuva não impediu que a galera socasse no pedal. Eu tive um dia horrível e maravilhoso ao mesmo tempo... Nadei muito mal e pedalei pior ainda. Da segunda volta pra frente eu perdi totalmente meu ritmo, fui passado por todo mundo que deixei pra trás na primeira volta e acabei amargando o último lugar entre a galera aqui de Limeira... Foi devastador pra minha cabeça...
Sai pra correr desanimado, com dores e sem a mínima vontade de continuar. Um pouco antes do ginásio, parei de correr e estava decidido a abandonar... Fiquei 5 minutos procurando minha mulher que estava num ponto de ônibus do outro lado da pista durante o ciclismo e nada! Até que ela me achou e veio correndo até mim. Eu tava transtornado! Nunca, mas nunca mesmo cedi a um DNF mas estava decidido dessa vez...
Então a Karol chegou em mim e falou:
- Fê não pára!! Eu vi o pessoal passando e tá todo mundo quebrando! Fulano tá a 3 minutos, outro a 6 mas muito quebrado, etc... Vai, dá o máximo! Sai pra correr e dá seu máximo que eu sei que você pega eles!!
Naquela altura da prova, com a total impossibilidade de fazer o tempo que eu planejava e totalmente desmoralizado por ser o último da turma de Limeira, esse relatório completo e toda a força da Karolyne Chanquette Quirino, me deu um novo ânimo. Segundo ela, minha fisionomia mudou repentinamente, eu passei a acreditar em mim e na minha corrida e segui em frente!
Eu não usei relógio, por isso não sei meu tempo nem pace, a única coisa que me interessava era alcançar o pessoal que estava MUITO na minha frente. Minhas referências de pace eram as seguinte:
- Eu tinha sempre que passar por alguém, se ficasse muito tempo numa mesma posição, eu aumentava o ritmo.
- Eu tinha sempre que buscar "pelo menos" os 180 passos por minuto que, apesar de não ter relógio pra conferir, pelos treinos, tenho certeza que fiz certo!
- E quando eu percebia que estava confortável, sem dores, correndo fácil, eu apertava um pouco mais! A intenção era sofrer o quanto precisasse até alcançá-los!
No primeiro ponto em que eu pude perceber eu estava realmente a 6 minutos do melhor colocado e por isso sabia que tinha que socar!! Busquei isso como se valesse o primeiro lugar no pódio e consegui buscar quase todos, com exceção de um que fez uma excelente prova e soube dosar no pedal, por isso deu uma aula nos outros e chegou super bem!
Dos 5 que eu "cacei" durante essa corrida, passei 4 e um deles tentou responder, mas eu não deixei e dei o troco!
Foi muito bom! Renasci numa prova que eu iria certamente abandonar se não fosse a força e o incentivo da Karol. Na chegada, pedi um a camiseta "P" e dei pra ela, afinal, nessa ela foi tão "finisher" quanto eu!!
Valeu Ká! Te amo!

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